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quarta-feira, 19 de setembro de 2012

COMO ESTRELAS NA TERRA TODA CRIANÇA É ESPECIAL


O que significa se importar com alguém ou algo?

As pessoas definem isso de diversas formas, cada uma de acordo com aquilo que acham mais importantes. Importar se com alguém não é apenas prover o que lhe é necessário para viver, mas também participar de sua vida, lhe ouvir dar carinho e atenção.

Abaixo transcrevo uma parte do diálogo entre um professor e o pai de um menino com dislexia do filme “Como Estrelas na Terra”.

O pai acreditava que provendo financeiramente tudo para o filho demonstrava se importar com ele, e a resposta do professor foi a seguinte:

“Importar-se é essencial, tem o poder de curar feridas – um bálsamo para a dor quando a gente se sente querido.

Um abraço, um beijo, dizer ‘filho eu te amo.

Tem medo? Estou aqui

Se cair ou falhar, eu estou a seu lado.

Dar segurança, carinho. Importar-se é isso, não é?





......“Nas Ilhas de Salomão, quando os nativos querem parte da floresta para a agricultura, eles não cortam as árvores. Eles simplesmente se juntam ao redor delas, gritam xingamentos e dizem coisas ruins. Em alguns dias a árvore seca e morre. Ela morre sozinha.”



Devemos levar essa história por toda nossa vida, não apenas em nossa profissão e com nossos filhos, ela serve para todas as áreas de nossa vida., principalmente no relacionamento com outras pessoas.

Assim como as árvores nas ilhas Salomão, as palavras tem o poder de destruir as pessoas.


Você sabe o que é Dislexia ?



A DISLEXIA pode se apresentar quando uma criança saudável, inteligente, com estímulos sócio culturais adequados e sem problemas de ordem sensorial ou emocional, tem uma dificuldade acima do comum em aprender a ler. O ideal é realizar o diagnóstico da DISLEXIA o mais cedo possível, para amenizar ou evitar um comprometimento social e emocional do indivíduo ao longo da sua vida, e, ainda, minimizando os aspectos da dificuldade de aprendizagem.

A dislexia é persistente, mas não é uma incapacidade e sim uma dificuldade a ser vencida com sucesso.


A DISLEXIA, de causa genética e hereditária, é um transtorno ou distúrbio neurofuncional, ou seja, o funcionamento cerebral depende da ativação integrada e simultânea de diversas redes neuronais para decodificar as informações, no caso, as letras do alfabeto. Quando isso não acontece adequadamente, há uma desordem no caminho das informações, dificultando o processo da decodificação das letras, o que pode, muitas vezes, acarretar o comprometimento da escrita.

O disléxico não é deficiente, é diferente.

Alguns sinais que alertam para um diagnóstico:

• atraso no desenvolvimento da fala;

• dificuldade na aquisição e automação da leitura;

• resistência ao ler em público;

• leitura vagarosa, com trocas, mesmo que corriqueiras;

• disgrafia (letra feia);

• trocas, inversões, omissões, aglutinações de letras na escrita;

• vocabulário pobre, com sentenças curtas e imaturas ou longas e vagas;

• dificuldades em decorar dias da semana, meses do ano, tabuada, números de telefone e etc.;

• dificuldade para compreender textos;

• desatenção e dispersão;

• dificuldade na aprendizagem de uma segunda língua;

• bom desempenho em provas orais.

O sucesso da aprendizagem da criança com dislexia depende da ação conjunta da família, escola e intervenção com profissional especializado.



DIAGNÓSTICO

Os sintomas que podem indicar a dislexia, antes de um diagnóstico multidisciplinar, só demonstram um distúrbio ou dificuldade de aprendizagem, mas não confirmam se tratar de dislexia. Os mesmos sintomas podem indicar outras situações, como lesões, síndromes, etc.



Por esses múltiplos fatores é que a dislexia deve ser, obrigatoriamente, diagnosticada por uma equipe multidisciplinar, composta por fonoaudiólogo, psicólogo/neuropsicólogo e psicopedagogo, onde há uma minuciosa investigação, quantitativa e qualitativa das habilidades.



Essa mesma equipe deve ainda garantir uma maior abrangência do processo de avaliação, verificando a necessidade do parecer de outros profissionais, como neurologista, oftalmologista e outros, conforme o caso.



Não há qualquer medicalização

A avaliação multidisciplinar e transdisciplinar permite um acompanhamento mais efetivo das dificuldades após o diagnóstico, direcionando-o às particularidades de cada indivíduo. Não há qualquer medicalização do indivíduo. Dislexia não se trata com remédio.



Atualmente a DISLEXIA consta no CID 10 – Classificação Internacional de Doenças (F.81), definida como transtorno específico do desenvolvimento das habilidades escolares. Faz parte também do DSM – IV (1994) – Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais, relacionada entre os transtornos de aprendizagem, como transtorno de leitura. No entanto aguarda-se novas definições oficiais, perante comissões de estudos e de pesquisas atualizadas.



A não identificação da dislexia poderá causar além do fracasso escolar, prejuízos afetivos emocionais, baixa autoestima, depressão, ansiedade e, algumas vezes, o ingresso para a marginalidade.



A Associação Brasileira de Disleixa – ABD, instituição com mais de 28 anos de existência, única "global partner" no Brasil da "International Dyslexia Association – IDA" (instituição norte-americana), tem como finalidade divulgar, informar e sensibilizar os pais, profissionais da área da educação, escolas, parlamentares e todos os membros da população sobre a dislexia.

Com este objetivo promove eventos, palestras, cursos, workshop , simpósios, congressos e reuniões de apoio a pais de disléxicos, para elucidar a todos os interessados sobre o tema, inclusive unindo esforços com pessoas conscientes para aprovação de leis que ampare os disléxicos.



Associação Brasileira de Dislexia – ABD

Avenida Angélica, 2318 - 7º andar - Higienópolis -São Paulo - SP - 01228-200

Tels. (11) 3231-3296 - (11) 3258-7568 - (11) 3237-0809 – (11) 3129-9721


DISPONÍVEL EM:http://patricia-educar.blogspot.com.br/

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