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sábado, 15 de dezembro de 2012

DISCALCULIA

 

 
Setembro/2012


“O cientista político Alexandre Barros (foto) sempre foi mal em matemática. Hoje PhD em Ciência Política pela Universidade de Chicago, nos Estados Unidos, na infância e na adolescência chegou a pensar que era incompetente, já que não conseguia multiplicar ou dividir como seus colegas de classe. Segundo ele, todo o período escolar foi um horror. Fui sempre empurrado para professores particulares de matemática. Barros, 68 anos, só foi descobrir a discalculia aos 53 anos, quando já era um profissional reconhecido em sua área e tinha passado por vários obstáculos que o distúrbio poderia lhe causar. Um amigo que lhe ditava um número de telefone percebeu que Barros havia anotado os números numa ordem diferente, e disparou: “Você tem dislexia”. Surpreso, o cientista foi procurar saber mais sobre o assunto e descobriu que tinha um problema parecido com a dislexia. “Descobrir que era discalcúlicolavou a minha alma”, lembra. (Texto extraído do Jornal da Tarde de 29/09/2010).

Assim, como Barros muitas crianças também podem ser discalcúlicas e não estão correspondendo as expectativas satisfatórias de aprendizagem, por isso, pais e professores, devem estar atentos a estas questões e sempre que necessário encaminhar a criança para atendimento psicopedagógico ou neuropsicopedagógico para que a partir daí sejam feitas possíveis intervenções.
De modo bem exemplificado, a imagem abaixo, mostra alguns tópicos da discalculia:
Se os sintomas abaixo aparecem com muita intensidade, então podemos estar diante de um possível discalcúlico:
• Dificuldades frequentes com os números, confundindo os sinais: +, -, ÷ e x;
• Problemas para diferenciar o esquerdo e o direito (lateralidade);
• Falta de senso de direção (norte, sul, leste, e oeste) e pode também ter dificuldade com um compasso.
• A inabilidade de dizer qual de dois números é o maior.
• Dificuldade com tabelas de tempo, aritmética mental, etc.
• Melhor nos assuntos que requerem a lógica, do que nas fórmulas de nível elevado que requerem cálculos mais elaborados;
• Dificuldade com tempo conceitual e elaboração da passagem do tempo;
• Dificuldade com tarefas diárias, como verificar a mudança nos dias da semana e ler relógios analógicos;
• A inabilidade de compreender o planejamento financeiro ou incluí-lo no orçamento estimando, por exemplo, o custo dos artigos em uma cesta de compras;
• Dificuldade mental de estimar a medida de um objeto ou de uma distância (por exemplo, se algo está afastado 10 ou 20 metros);
• Inabilidade de apreender e recordar conceitos matemáticos, regras, fórmulas, e sequências matemáticas;
• Dificuldade de manter a contagem durante jogos;
• Dificuldade nas atividades que requerem processamento de sequências, tal como etapas de dança ou leitura, escrita e coisas que sinalizem listas,
• Pode ter o problema mesmo com uma calculadora devido às dificuldades no processo da alimentação nas variáveis.
• A circunstância pode conduzir, em casos extremos, a uma fobia da matemática e de quaisquer dispositivos matemáticos, como as relações com os números.

O psicopedagogo e o neuropsicopedagogo são profissionais indicados para avaliar e acompanhar a criança nesse momento.
Ambos profissionais iniciam a terapia visando melhorar a imagem que a criança tem de si mesma, valorizando as atividades nas quais ela se sai bem, fazendo dessa forma um regate das suas potencialidades.
Num segundo momento, se faz necessário descobrir como é o processo de aprendizagem daquela criança. Às vezes, ela tem um modo de raciocinar que não é o padrão, estabelecendo uma lógica própria que foge ao usual.
Na escola é importante que os professores desenvolvam atividades que contemplem sempre o uso de material concreto, pois essa criança necessita ter o manuseio deste material. E sempre propor atividades em que toda a turma se utilize destes materiais, procurando momentos de troca de interação com o grupo. Também, o aprender através dos jogos se faz de grande valia para crianças discálculicas, propostas de intervenção pedagógicas através desta metodologia serão assunto para próxima postagem deste blog.

Ponto de vista neuropsicopedagógico: Ir mal na disciplina de matemática onde não basta decorar conceitos, mas sim saber aplicá-los, de certa forma é algo opcional de cada indivíduo, pois requer rotinas de estudos, dedicação, empenho... Entretanto, se faz necessário uma investigação mais profunda quando o problema envolve os sintomas alertados anteriormente.

Referências:

ANTUNES, Celso. Jogos para estimulação das Múltiplas Inteligências. 13ª edição. Petrópolis: Vozes, 1998.

BASTOS, J.A. O cérebro e a matemática. São Paulo: Edição do
Autor, 2008

CIASCA, Sylvia M. Distúrbios de aprendizagem: proposta de avaliação interdisciplinar. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2003.

GARCIA, J.N. Manual de dificuldades de aprendizagem. Linguagem, leitura, escrita e matemática. Porto Alegre: Artes Médicas, 1998.

GRANDO, R.C. O jogo e a matemática no contexto da sala de aula.São Paulo: Paulus, 2004.

SILVA, Willian R. C. Discalculia: Uma abordagem à Luz da Educação Matemática. Projeto de Iniciação Científica. São Paulo: Universidade Guarulhos, 2008. Disponível em:http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/2010/artigos_teses/MATEMATICA/Monografia_Silva.pdf


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